sábado, 9 de abril de 2011

não há mais pontas soltas.

[não concordo com o início da frase, mas a razão pela qual coloquei foi mesmo a segunda frase.]

Já algum tempo que eu enrolei o novelo de linha que representa um capítulo da minha vida, mas apesar disso ainda havia pontas soltas. Não porque eu o quis ou porque nunca tentei prende-las, contudo existiam por motivos que me eram alheios.
O tempo desenrolou-se e eu, felizmente, acabei por colocar o novelo numa gaveta para que essas pontas soltas, não me prendessem de novo as pernas, porque aquele era o tempo de eu voltar a ser um colibri, um colibri que gosta de voar sobre o arco-íris. Mas, um dia, regressei aquela praia, a praia dos fantasmas. O tempo mostrou-me que eu estava segura o suficiente para que pudesse os enfrentar.
Desta vez, optei por seguir um rumo diferente em vez de ir bater ao mesmo rochedo. Nada me surpreendeu ao desvendar o que estava por detrás dos pontos de interrogação que impediam de dar o nó nas tais pontas soltas, porque quando virei as costas estava escrito no areal: o fim está traçado e este não é o teu barco. Nesse ápice, percebi que quem estava ao meu redor não passava de um rapaz que apenas conhece uma palavra: mentir.
Na praia dos fantasmas ficou a certeza de que ele nunca existiu e que todas as minhas incertezas estavam correctas. Por isso, agora posso dize-lo com certezas (fundamentadas): és muito pior não do que aquilo que pensava (porque já não penso), mas pior do que aquilo que eu já tinha como garantido.

3 comentários:

  1. A minha mãezinha sempre me disse Carolina: "A verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima"
    Nunca deixes de voar :')
    Beijinho*

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  2. Cláudia:
    Há provérbios realmente geniais :p, ainda para mais ditos por pessoas sábias.
    Jamais deixarei de voar por causa de coisas insignificantes, move on :)
    Cócegas no coração *

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