domingo, 18 de outubro de 2009

borrifadas coloridas



Não sei onde moro, nem quem sou.
Acordo com a sensação de que ainda nem cheguei a dormir e que estou sempre no sítio errado. Paragem onde não existe nada, mas o pouco que existe basta para destruir tudo aquilo que ainda vou conseguindo construir.
Às vezes, visto aquela t-shirt velha e salpico a parede cheia de tintas coloridas, para poder sorrir com elas. Elas gostam de sentir o impacto e escorrerem pelas paredes do meu quarto.
Depois de já ter finalizado a minha tela, empoleiro-me no parapeito da janela. Deixo a brisa bater no meu rosto e o meu corpo acaba por ir com a melancolia do cessar da tarde.
Cansei-me de fugir pela porta, quando me apercebo que as minhas tintas coloridas tornaram-se em padrões de cinza. Desta vez, não se ouve o som da fechadura. Decidi saltar da janela, mesmo que fique com muitos arranhões…

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