sexta-feira, 9 de novembro de 2012

que parva que sou...


Que parva que sou. Deixo-te entrar no meus sonhos, sem sequer teres as chaves deles. Sem me teres feito um pedido algum, para poderes entrar. Ou uma simples afirmação. Qualquer coisa para além desses passos sorrateiros sem autorização, era melhor.
Que parva que sou. Escondo as chaves de todos aqueles que me vêem. Dos que me desejam bem. Dos que me procuram. Menos de ti.
Tu que não me vês; que não me pedes autorização; que nem palavras soltas me diriges. Mas eu vejo os teus beijos, a minha pele de galinha, os teus abraços, os teus poemas, na escuridão. À noite. Eu só te vejo a ti.
A luz do dia entra pelos buracos da persiana e, eu deixo-te de sentir, de te observar. Durante o dia, desapareces.

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