segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

eu não o disse


Tenho que dizer a alguém, porque se não o fizer durante os próximos cinco minutos acho que os meus pulmões vão ficar sem ar. Mas há qualquer coisa dentro de mim que me impede de o dizer, julgo que é o meu lado medroso, ainda assim apesar de ser medroso (mas não cobarde) é um lado válido. Diria um lado com bastante credibilidade.
Também qual é a consequência? É eu ficar a pensar que admiti sabe-se lá porquê? Oh, já enfrentei tanta coisa que isto será uma minoria comparando com essas monstruosidades. E mesmo estando quase prestes a deixar cair as letras da minha garganta, o meu pé direito tem uns largos passos que o separam do esquerdo.
 - Caramba Carolina, o que é que se está a passar contigo agora? Tinhas mesmo que te meter neste caminho? Não era preferível continuares sossegada agarrada aos teus pensamentos e tantas outras coisas?
- Era. Era e eu sei que era o mais correcto, mas que se dane. Sim, fazes-me bem e eu tenho saudades tuas.
Pronto, já o disse e agora vou esquecer que admiti. Resolvido.

4 comentários:

  1. Hum...será que consegues esquecer que o disseste? Se não conseguires à sempre um mar onde podes mergulhar, e sentires-te livre desses pensamentos!

    ResponderEliminar
  2. Optei por mergulhar, mas aquele mar deixou-me bastante cansada. Resumindo: o objectivo foi alcançado, visto que, o cansaço impossibilitou-me de pensar ;p

    ResponderEliminar
  3. Admitir afoga-me. E sempre achei que sabia nadar. Talvez só saiba fazê-lo no meu mar...

    ResponderEliminar
  4. Niniane, se consegues enfrentar as ondas mais perigosas também irás conseguir enfrentar o medo. Sempre o fizeste e eu sempre tive imenso orgulho em ti.

    ResponderEliminar